A fertilidade do solo desempenha um papel crucial na produtividade das culturas agrícolas. No entanto, o uso inadequado de fertilizantes pode resultar em perdas significativas de nutrientes e na diminuição da eficiência de aproveitamento, ou seja, menos produção por unidade de nutriente aplicado. Em média, apenas cerca de 50% do nitrogênio, 30% do fósforo e 60% do potássio aplicados são efetivamente aproveitados. Por isso, é fundamental adotar práticas de adubação racional, eficiente e equilibrada, visando otimizar a produção sem comprometer a sustentabilidade ambiental.
Uma adubação adequada não apenas maximiza o rendimento das culturas, mas também implica em um manejo cuidadoso dos recursos. Para tanto se faz necessário definir a quantidade de fertilizante, a época e forma de adubação em função do solo, da cultura, do sistema produtivo e do clima. Ou seja, é essencial aplicar a fonte certa, na dose certa, no local certo e na época certa, conforme preconiza a gestão de nutrientes 4Cs.
A dose certa de fertilizante deve ser ajustada de acordo com as necessidades específicas de cada cultura e sistema de produção, evitando tanto o excesso quanto a deficiência de nutrientes, o que pode comprometer o rendimento das plantas. Além disso, é fundamental considerar a análise do solo, as demandas nutricionais das culturas ao longo de seu ciclo vegetativo e a extração e exportação de nutrientes pelas culturas.
A época certa de aplicação garante que os nutrientes estejam disponíveis para as plantas nos momentos de maior exigência nutricional, contribuindo para evitar perdas e garantir uma absorção eficiente.
O local certo de aplicação visa manter os nutrientes onde as raízes das plantas possam absorvê-los com maior eficiência, levando em conta a mobilidade dos nutrientes no solo e as características específicas de cada cultura. Portanto, refere-se à forma de aplicação, se a lanço, localizado, em superfície, incorporado, em pré-plantio, no plantio, em cobertura, ou ainda via foliar.
A gestão de nutrientes 4Cs, que engloba a aplicação da fonte certa, dose certa, época certa e local certo, não apenas maximiza os rendimentos das culturas, mas também promove a sustentabilidade dos sistemas de produção, reduzindo os impactos ambientais e os custos de produção.
A análise química do solo, associada às análises físicas e biológicas, mais acessíveis atualmente, desempenha um papel fundamental na avaliação da fertilidade do solo, permitindo um manejo adequado dos nutrientes de forma eficiente e econômica. Possibilita um diagnóstico da condição do solo, identificando os elementos químicos limitantes, o estoque de nutrientes e ao longo do tempo, o balanço dos nutrientes no solo.
A agricultura de precisão também é uma aliada em um manejo eficiente, possibilitando a aplicação localizada, com taxa variável de corretivos e fertilizantes, contribuindo para o uso racional dos insumos.
Segundo a Embrapa, boas práticas na adubação envolvem, também, um conjunto de ações no manejo dos sistemas agrícolas que visam garantir a eficiência técnica e econômica no uso de fertilizantes. A construção do perfil do solo é a primeira etapa e proporciona o aprofundamento das raízes, seguida pela estabilização do solo por meio do manejo do sistema, agregando matéria orgânica, formando palhada e garantindo a ciclagem de nutrientes e a retenção de umidade.
Com a construção da fertilidade e estabilização do solo pode-se manter a fertilidade, atentando-se para o balanço de nutrientes e equilíbrio nutricional das plantas.
O manejo do solo e o sistema de produção interfere, portanto, indiretamente, na eficiência do uso dos nutrientes no campo. Na integração lavoura-pecuária-floresta, por exemplo, há um aumento gradativo da ciclagem e da eficiência de utilização dos nutrientes pelas plantas.
Além da adoção de práticas conservacionistas, a utilização de fertilizantes orgânicos e organominerais, de uma forma geral, aumentam a entrada de matéria orgânica no solo, estimulam a atividade biológica e altera suas taxas de decomposição, favorecendo a agregação das partículas e promovendo a estrutura do solo. Como consequência, aumentam a infiltração e retenção de água e regulam a temperatura do solo.
A utilização de fertilizantes organominerais é uma alternativa promissora para aumentar a eficiência do uso dos nutrientes, proporcionando uma liberação gradual e uma disponibilidade prolongada ao longo do tempo. Estudos indicam que os fertilizantes organominerais aumentam o aproveitamento dos nutrientes para 70% do nitrogênio, 70% para o fósforo e 80% para o potássio.
Os fertilizantes organominerais possuem variações não apenas em sua composição, mas também na sua forma e consequentemente na sua eficiência. Podem ser peletizados, granulados ou farelados. Podem ainda ser composto de uma mistura de grânulos ou, os minerais e matéria orgânica no mesmo grânulo ou pellet.
Quando temos a matéria orgânica e os minerais no mesmo pellet, como no organomineral da Meregefert, evitamos, por exemplo que parte do fosfato seja adsorvido por não ter contato direto com os sítios de adsorção. É uma proteção física da matéria orgânica, diferente do fertilizante aplicado sem essa proteção do componente orgânico. O resultado é mais fósforo disponível para as plantas. Essa proteção também reduz a lixiviação do nitrogênio e potássio e a volatilização no nitrogênio, potencializando o aproveitamento dos nutrientes pelas plantas.
A presença de substâncias húmicas (ácidos fúlvicos e húmicos) e ácidos orgânicos (ácidos cítricos-oxálicos e málicos), componentes da decomposição da matéria orgânica, são responsáveis pelos benefícios químicos da matéria orgânica: aumento da CTC do solo, indisponibilização de outros elementos químicos, adsorção de elementos. A matéria orgânica condiciona a eficiência de todos os processos do solo. É o elo que integra as características físicas, químicas e físicas do solo.
Ao adquirir um fertilizante organomineral, o agricultor deve estar atento também às características físico-químicas do fertilizante que interferem na eficiência do produto: granulometria, dureza, fluidez, densidade, nutrientes, solubilidade, higroscopicidade, empedramento e salinidade.
A Meregefert está comprometida em promover uma agricultura regenerativa por meio da inovação e do aprimoramento da eficiência no uso dos recursos naturais, apresentando produtos de qualidade diferenciada no mercado, buscando sempre o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade.
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