Você sabia que os solos tem propriedades que podem regular ou suprimir a ação de patógenos? E que essa capacidade, altamente desejável, pode ser desenvolvida nos sistemas produtivos?
Um solo é considerado supressivo a uma doença quando o patógeno e a planta hospedeira suscetível estão presentes, as condições ambientais são favoráveis à ocorrência da doença, no entanto a doença não desenvolve ou se dá com menor severidade. Isso ocorre devido a uma combinação de fatores físicos, químicos e biológicos presentes no solo que impedem ou reduzem a atividade de patógenos que causam doenças às plantas.
Sabemos que solos com maior atividade microbiana tendem a possuir maior capacidade de reagir às ações de patógenos e, portanto, desempenham um papel fundamental na supressão de doenças. Microrganismos benéficos podem competir com patógenos por recursos, produzir substâncias que inibem o crescimento dos patógenos e até mesmo parasitá-los.
De maneira geral, solos com maior teor de matéria orgânica têm maior atividade microbiana e tendem a ter maior capacidade de reagir às ações de patógenos. O manejo adequado do solo, como a adição de matéria orgânica, a redução do preparo do solo e a aplicação de microrganismos benéficos, pode promover a supressão de doenças. Portanto, a construção de solos supressivos deve ser encarada como um importante componente do manejo integrado de doenças, podendo ser combinada com outras medidas de controle.
Investir na saúde do solo por meio da conservação da matéria orgânica, da diversificação de culturas e da promoção da biodiversidade no ambiente agrícola é um caminho promissor para manter a produtividade a longo prazo e reduzir os riscos associados a doenças que afetam as plantas. Dessa forma, a supressão do solo às doenças não apenas beneficia os agricultores, mas também contribui para a segurança alimentar e a sustentabilidade de nosso sistema agrícola global.
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